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22 de out. de 2009

2 Você tem medo?


Bonitos e bonitas, o que pensam vocês sobre relacionamentos sérios, como namoros, morar juntos e até casamentos? Hoje, venho para falar um pouco da dificuldade dos dias atuais em se conseguir alguém para se ter algo verdadeiro, construir uma história juntos,
do medo de sentir que assombra a nossa sociedade de hoje.

Não sei se por termos passado por épocas tão conservadoras, onde flertar era um simples olhar, namoros eram vigiados, casamentos eram arranjados e falar de sexo, ESQUEÇA!, que hoje necessitamos dessa liberdade em sair e ficar com muitos, não ter parceiro fixo e levar uma vida independente, criar sozinho sua própria vida. Além também de estarmos preocupados, e muito, com nossa vida profissional e acadêmica, nos deixando levar pelo corre-corre do dia-a-dia e deixando de preocupar-nos com nossos sentimentos, vontades, em ver a vida por outro ângulo, conseqüência da modernidade e globalização que nos torna máquinas de trabalho e estudo.

Existem exceções, não nego! Só que onde estão tais exceções? Sou novo, tenho 18 anos, e sei que na minha idade a preocupação da maioria é se divertir, sair, como dizem por aí, curtir a vida, entretanto, sou diferente e procuro alguém para estar ao meu lado, para crescermos juntos, nos divertirmos, ou seja, curtir a vida, mas a dois. E é difícil encontrar alguém com os mesmos desejos. Até pessoas mais velhas, eu percebo que têm alguma aversão a compromissos, primeiro pelo que citei acima, e segundo pela minha idade, por não entenderem que alguém jovem como eu pode ter maturidade suficiente ou até mais para seguir com um relacionamento.

Esses dias, conheci um garoto ótimo, 19 anos, o que eu procurava. Para variar, nos conhecemos pela internet e saímos um dia conversar e passamos mais de duas horas batendo papo. Nos dias que se seguiram, continuamos a nos falar através do famoso MSN e resolvemos que deveríamos ficar um dia. Até aí, tudo certo. Ele me falava coisas lindas, me chamava por vocativos lindos, me tratava super bem. O menino aqui começou a se derreter. O dia chegou e ficamos, foi melhor do que imaginei. No outro dia, combinamos de ir à balada – a do post passado – e ele me disse que era muito novo, não estava pronto para assumir um compromisso com alguém e que não deveríamos nos sentir presos um ao outro, POR ENQUANTO! Mas ele me queria por perto, e quando ele se sentisse aberto a um novo relacionamento, nós poderíamos tentar. Pensem na minha cara quando ele me falou tudo isso!

Contei essa história para demonstrar o medo do ser humano em ter alguém e saber que não poderá ter outros sem que sinta alguma culpa, entretanto, medo também de ficar sozinho, querendo que as pessoas que procuram algo mais permaneçam por perto, fazendo com que se sintam seguras, queridas por alguém. Queremos e precisamos de segurança, ter ao nosso lado uma pessoa que temos certeza que nos quer bem, que nos quer junto.

Não venho aqui falar que ter um relacionamento é fácil. NÃO É! Namorei um ano com um garoto e passamos por cada coisa que realmente foi complicado. Contudo, os momentos bons e alegres são os que ficam e que fazem a vida valer à pena. Terminamos e até hoje, não sei se por ter me acostumado ou ainda não ter encontrado alguém que me completasse de tal forma como ele, sinto falta da companhia dele e penso que isso é o mais difícil em um relacionamento: quando acaba! E fica aqui citado mais um dos medos humanos, o sofrimento, afinal, quem quer sofrer? É válido arriscar tudo por algo que pode acabar em frustração? Temos a capacidade de nos regenerar ao final de tudo? Tornamos-nos tão independentes ao ponto de conseguirmos viver sozinhos, dependendo apenas de nós mesmos? Ou essa independência é apenas uma maneira de mascarar a real dependência que temos?

E continuo solteiro, procurando por aí o cara da minha vida. Sou novo, sei disso, e tenho muito tempo ainda - ou não. Se quero levar uma vida como a maioria? Digo que não, para mim um beijo e uma transa de uma noite não valem a pena (ok, às vezes pode acontecer), prefiro algo a mais. Por ora, vou me preocupando com minha carreira, se é que me entendem, sem me esquecer do que almejo e nunca vou desistir.

João Eduardo de Moura

2 goles:

Anônimo disse...

Parabéns, ótimo texto e faço das suas palavras as minhas. Com a excessão de eu ser heterossexual e já ter encontrado a mulher dos meus sonhos, mas nunca poderei tê-la.

João Eduardo de Moura disse...

Obrigado. Pena não poder tê-la, contudo, acredito em "o que é teu está guardado"! Pense nisso.

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